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ÁLBUNS CLÁSSICOS: Queen - A Night at the Opera (1975)



Eis um álbum para ser apreciado do início ao fim, sem interrupções, assim como a uma peça de teatro, onde cada elemento do espetáculo possui seu papel fundamental na sugestão de sentimentos aos seus espectadores. A Night at the Opera, quarto disco de estúdio do Queen, faz jus ao seu nome, proporcionando ao seu ouvinte uma mistura única de elementos operísticos ao mais puro Rock n´ Roll. Apesar de não possuir uma narrativa única como o também clássico Tommy do The Who, as canções de A Night at the Opera criam, através de suas transições, uma sensação de continuidade que faz com que o álbum seja uma obra completa e conversada.

O disco abre com a magnífica Death on Two Legs (Dedicated to...), música composta por Freddy Mercury satirizando o ex empresário da banda, que havia sido demitido por má conduta na administração dos recursos da banda. Com uma belíssima introdução em piano a música traz um Freddy Mercury mais interpretativo do que nunca, no sentido mais teatral possível, fato que se repetiria em todo o álbum. Os coros entoados após o refrão dão um tom ainda mais lírico a composição.

Na sequência a quase cômica Lazing on a Sunday Afternoon cria um clima descontraído lembrando um musical dos anos 50, e serve como introdução para a densa I´m in Love With My Car, composta e cantada pelo baterista Roger Taylor. Your My Best Friend, da continuidade ao disco. A canção, composta pelo baixista John Deacon, é uma quase balada com cara de celebração.

39 é um dos momentos mais altos de A Night at Opera, cantada e composta pelo guitarrista Brian May. Com uma roupagem nostálgica, 39 narra ao ouvinte a uma verdadeira aventura; esta é sem dúvida uma das melhores músicas do Queen. Em seguida temos Sweet Lady, Seaside Rendezvous (outra que caberia facilmente na trilha de um musical), e The Prophet's Song, intimidante composição de Brian May.

Finalizando o álbum aparecem as canções que concretizam A Night at the Opera como Obra prima. Apesar da letra simples, a balada Love of My Life traz Freddy Mercury em uma interpretação emocionante que prova mais uma vez sua posição como um dos melhores intérpretes da música de todo os tempos,. O arranjo contribui consideravelmente para a melancolia da composição que foi regravada por nomes de peso como o Scorpions.

A tímida Good Company, aparece como um interlúdio para a melhor música do álbum (e possivelmente a melhor música do Queen) Bohemian Rhapsody. A música inicia com uma introdução magnífica onde os quatro integrantes da banda avisam ao mundo que aquilo é“somente fantasia” . Variando de momentos melancólicos a ápices empolgantes, com direito a jogos vocais de Freddie Mercury, Bohemian Rhapsody é uma obra de arte por si só, que seria obrigatoriamente tocada em todos os shows do Queen dali em diante.
Fechando o álbum está a instrumental Good Save the Queen, que soa como um agradecimento que Brian May profere com sua guitarra aos espectadores de um grande espetáculo; e reconhecidamente A Night at the Opera, merece ser aplaudido de pé, assim como as grandes peças teatrais.


Produção: Roy Baker e Queen
Gravadora: EMI
Duração: 43´10´´

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